Perillo diz que futuro do PSDB pende para fusão com o Podemos

O presidente nacional do PDSB, Marconi Perillo, afirmou, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, na terça-feira (25/2), que, no momento, do “ponto de vista de Senado e Câmara”, o futuro do partido pende para uma fusão com o Podemos.

Conforme ele, o PSDB busca um caminho diante da cláusula de barreira, mecanismo que firma um número mínimo de votos que os partidos precisam alcançar nas eleições para a Câmara dos Deputados a fim de ter direito a fundo partidário e tempo de TV. Perillo afirmou que foi procurado e tem conversado com “todos os partidos”, exceto PL e PT, considerados por ele como os “extremos” da política.

“Estamos conversando com o Podemos, que, hoje, do ponto de vista de Senado e Câmara, é mais ou menos semelhante a nós. Eu apostaria, se essa decisão fosse hoje, eu diria que as condições são maiores em relação ao Podemos”, afirmou o tucano.

Marconi Perillo lembrou a história dos 35 anos de existência do PDSB e listou mudanças que aconteceram sob a batuta de políticos eleitos pelo partido no período. Entre os exemplos, estão o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, os medicamentos genéricos e as privatizações, que permitiram a ampliação do setor de telefonia no país, história que, diz ele, “não pode acabar”. Sobre as negociações, o tucano afirma que elas terão de obedecer às premissas da legenda.

“Mesmo que tenha de fazer um movimento, talvez por meio de uma fusão com um partido que seja mais próximo [de nós] em termos ideias, em termos de conceitos e programa, considerando a necessidade de termos um programa ainda mais arrojado, candidato a presidente da República e candidatos aos governos estaduais e às assembleias, Câmara Federal e Senado”, fixa Perillo.

Atualmente, o PSDB integra uma federação com o Cidadania, mas Perillo já adiantou que o parceiro está de saída. A decisão deve ser tomada dentro de dois ou três meses, prevê o presidente nacional da legenda.

O encolhimento do PDSB no quadro nacional nos últimos anos, afirma Perillo, se deve, entre outros fatores, à fidelidade que a legenda manteve aos preceitos ideológicos.

“O PSDB, aliás, paga um preço por ser coerente. Perdeu quadros, perdeu figuras importantes, porque a gente continuou na nossa linha [ideológica]. Nós temos um rumo, nós temos um propósito, que é de apresentar ao Brasil um projeto que não é esse que está aí.”

Em uma autocrítica, o presidente nacional da legenda também entende que o partido cometeu falhas ao longo da história, como a defesa de estatização após o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2006.

“O equívoco maior, na minha opinião, foi em 2022, quando nós deixamos de ter candidato a presidente da República. Foi a primeira vez em toda a história, desde a redemocratização do país”, admite.

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